A Floresta Amazônica perdeu 218,41 km² de vegetação em dezembro do ano passado. De acordo com dados do Deter, sistema do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que emite alertas para o combate do desmatamento em tempo real. O número é a marca mais alta alcançada pelo governo Bolsonaro para o mês de dezembro, em comparação com os mesmos períodos anteriores. Para se ter uma ideia, aumentou 150% em relação a dezembro de 2021.
Se considerada a série histórica, com início em 2015, só não supera o de 2017, com 287,51 km², e o de 2015, com 266,29 km².
Os números se referem de 1 de janeiro a 30 e dezembro de 2022, e ainda serão atualizados pelo Inpe porque não incluem o último dia do ano, de acordo com a Folha .
Com isso, de acordo com o Observatório do Clima (OC), a área sob alertas de desmatamento na Amazônia chegou a 4.793 km2 no acumulado de agosto a dezembro, recorde para o período na série histórica iniciada em 2015 pelo Inpe. Houve aumento de quase 54% em relação aos mesmos meses de 2021.
“Os alertas de destruição da Amazônia bateram recordes históricos nos últimos meses, deixando para o governo Lula uma espécie de desmatamento contratado, que vai influenciar negativamente os números de 2023”, avaliou Marcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima ao G1.
Em sua cerimônia de posse, Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, anunciou a criação de uma secretaria extraordinária para combater o desmatamento.