O El Niño deve durar, pelo menos, até abril de 2024, indica a última atualização divulgada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), nesta quarta-feira, 8. Isso significa dizer que a seca que assola a região Norte do País ainda vai perdurar, uma vez que o fenômeno influencia os padrões climáticos e contribui para um novo aumento das temperaturas tanto em terra como no oceano.
E mais, com temperaturas recordes, 2023 caminha para ser o mais quente da história, mas deve ser superado já em 2024, prevê a agência, como noticiou o g1.
Super El Niño
Já o Pacífico da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), a agência de tempo e clima do governo dos Estados Unidos, indica que o fenômeno climático não apenas durará até o ano que vem, como ganhou força e se aproxima do patamar do chamado Super El Niño, como informou a MetSul.
O entendimento majoritário, e também nosso na MetSul Meteorologia, é que para haver a configuração de um Super El Niño é necessário ao menos um trimestre em que a média da anomalia da temperatura da superfície do mar fique acima de 2ºC. Assim, não basta que uma ou duas semanas tenham anomalia de +2ºC, mas é preciso uma média de ao menos um trimestre”, diz a MetSul.
A tendência, segundo a agência, é que o Pacífico Centro-Leste aqueça ainda mais nas próximas semanas com o pico de aquecimento se dando entre o fim de dezembro e o mês de janeiro Mas, para a MetSul, ainda é um “ponto de interrogação” se o patamar de Super El Niño durará várias semanas com 2ºC ou mais para completar os três meses.
De qualquer forma, com El Niño mas forte, a previsão é que no Norte do Brasil, a chuva deve seguir abaixo da média, embora a chegada do inverno amazônico traga um aumento da precipitação.