Os aumentos dos incêndios florestais nos principais biomas nacionais, Amazônia, Cerrado e o Pantanal, estão relacionados com uma combinação entre as mudanças climáticas e o aumento do desmatamento. No caso mais específico da Amazônia, as queimadas estão relacionadas com o desmatamento ao longo da fronteira agrícola. Estas informações estão presentes no artigo ‘Determinants of Fire Impact in the Brazilian Biomes’, divulgadas pelo site Frontiers in Forest and Global Change.
Segundo o estudo, nos últimos 20 anos, 45% do Pantanal, 34% do Cerrado e 9% da Amazônia já pegaram fogo pelo menos uma vez, conforme informou a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no dia 18/04.
O resultado da pesquisa ainda mostrou que a vegetação nativa, sobretudo as formações florestais em todos os biomas, está sendo fortemente impactada pelo fogo, perdendo, como resultado, sua capacidade de regeneração.
Ainda de acordo com a pesquisa, as Unidades de Conservação e Terras Indígenas localizadas na Amazônia ainda são pouco impactadas pelos incêndios de grande impacto, por causa do escudo verde, mesmo diante a carência de fiscalização.
Formas de prevenção
Conforme afirmou o líder da pesquisa, o professor do Instituto de Geociências da UFMG, Ubirajara Oliveira, “é necessária a intensificação da fiscalização visando coibir os causadores de incêndios, aliada a maior investimento em programas de prevenção e combate ao fogo”, como o projeto Desenvolvimento de Sistemas de Prevenção de Incêndios Florestais e Monitoramento da Cobertura Vegetal do Cerrado Brasileiro (FIP Monitoramento Cerrado)
Este projeto foi desenvolvido pela UFMG, em parceria com a UNB e o Inpe. O projeto recebeu neste mês de abril o prêmio concedido pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) e pela Secretaria de Assuntos Econômicos Internacionais do Ministério da Economia.
Fonte: Universidade Federal de Minas Gerais
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