No Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas, em São Paulo, o governador Helder Barbalho defendeu, na terça-feira, 27, que o financiamento climático na Amazônia deve priorizar soluções baseadas na natureza, entre elas, a bioeconomia e a restauração florestal, com foco em um modelo econômico baseado em baixas emissões de carbono.
“O financiamento para as soluções advindas da floresta deve ser central para as novas vocações econômicas da nossa região. Que a Amazônia não esteja mais forjada em modelos que contribuem para as mudanças climáticas e que possamos fazer do nosso estoque florestal a nossa nova vocação. Isso está em curso, com o papel fundamental de iniciativas de pesquisa, desenvolvimento e inovação”, disse.
O chefe do Executivo Estadual participou do painel: “Amazônias, limites planetários e as finanças da natureza: contribuições regionais para a melhoria da qualidade de vida local e a segurança climática global”.
O evento contou com a participação de nomes como Antônio Ricarte, Diplomata e Embaixador do Itamaraty; Francisca Arara, secretária Extraordinária de Povos Indígenas no Acre; Hannah Balieiro, Diretora Executiva do Instituto Mapinguari; Joaquim Belo, do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS); Maria Alexandra Moreira, ex-Secretária-Geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA); Nabil Kadri, Deputy Managing Director do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e Sérgio Suchodolski, Senior Fellow do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI).
A mediação foi da ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, Co-Chair do Painel Internacional de Recursos Naturais da ONU Meio Ambiente (IRP/UNEP), e da Secretária Executiva da ‘Uma Concertação pela Amazônia’, Lívia Pagotto.
Protagonismo
“Eu defendo que nós tenhamos capacidade para protagonizar aquilo que queremos para a nossa região, e no momento em que o G20 e a sociedade civil colocam a Amazônia no centro e discute soluções, no momento da convergência da agenda do Brasil de presidir o G20, os BRICS, presidir a COP, nós temos tudo para colocar, liderando o Sul global, a floresta no centro das atenções, buscando soluções”, defendeu o governador.
O governador destacou ainda o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, que está em implementação no estados como um indutor do processo, dando escala e dimensão à bioeconomia diante dos desafios climáticos.
“Diante das urgências climáticas e do chamamento ao protagonismo da Amazônia e aí sim apresenta-se o nosso primeiro grande dilema. Nós seremos reativos ou nós seremos propositivos, liderando a agenda que nós entendemos que seja estratégica para a nossa região?”, instigou Helder.