Os municípios do oeste paraense estão em alerta devido aos problemas gerados pelo alto volume de chuvas na região. Somente na última segunda-feira, 21, em Monte Alegre choveu mais de 145 milímetros, volume esperado para um período de 15 dias. Já em Santarém, a preocupação é com a subida do Rio Tapajós que já está acima da cota de alerta.
O inverno amazônico chegou com chuvas de grande intensidade em municípios como Óbidos, Santarém e Monte Alegre, que estão com situação de emergência decretada. Em Monte Alegre, a água tomou conta de avenidas e alagou prédios públicos e residências. De acordo com a Defesa Civil local, mais de 200 famílias ficaram desalojadas.
O impacto das chuvas também trouxe a preocupação com o risco de deslizamentos de terra, segundo o G1 Santarém. No bairro Curintanfã, a Defesa Civil está monitorando a situação de casas que ficam próximas de encostas. Em algumas delas já foram encontradas rachaduras na estrutura e os moradores são orientados a deixar o local.

As fortes chuvas também têm contribuído para a cheia no rio Tapajós, que ultrapassou a cota de alerta de 7,10 metros há uma semana. Nesta quinta-feira, 24, a régua da Agência Nacional de Águas (ANA) registrou que as águas estão na marca de 7,17 metros.
Os dados mostram que a marca atual está 1,38 metro acima do nível registrado no mesmo período de 2024. Por outro lado, ainda está bem abaixo da maior cheia já registrada na história da cidade. Em 2009, o Rio Tapajós alcançou 7,80 metros.
Ainda assim, a Defesa Civil do município informou ao site OEstadonet que intensificou o monitoramento, especialmente nas áreas de risco, com ações preventivas e acompanhamento em tempo real das condições climáticas e hidrológicas.
Segundo o órgão, ainda não há sinais de ocorrência do chamado repiquete, fenômeno caracterizado por oscilações de subida e descida do nível do rio em curtos períodos, o que aumentaria o risco para as comunidades locais. No entanto, a orientação é que a população ribeirinha e moradores de áreas suscetíveis a alagamentos fiquem atentas a possíveis alertas dos órgãos oficiais.