A saúde dos paraenses está sendo afetada por causa da fumaça provocada pelo grande número de queimadas em diferentes regiões do Estado.
O Pará liderou o número de queimadas entre janeiro e outubro deste ano, com 31.119 focos de incêndio registrados. Desse total, 11.378 foram no mês passado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Em Itaituba, no sudoeste do Pará, a cada oito pacientes atendidos nas unidades de saúde da cidade, três estão com problemas respiratórios por causa da fumaça que atinge o município há um mês. Os mais afetados são idosos e crianças, que apresentam tosse, vômito e diarreia como os principais sintomas.
“Teve cerca de 20% a 30% de aumento nos atendimentos principalmente relacionados às doenças respiratórias. Temos também identificado problemas nos olhos e crianças e adultos com coceira”, afirma Adriano Coutinho, diretor do Hospital Municipal, ao g1.
Bruno Rolim, secretário de Meio Ambiente de Itaituba, afirmou que a fumaça vem de queimadas de Placas, Uruará, Mojuí dos Campos, Belterra e Santarém, na região que ficam à margem direita da BR-163.
Além da saúde, a fumaça causa outros transtornos. No domingo, 19, um voo que saiu de Manaus não conseguiu pousar no aeroporto da cidade por causa da má visibilidade.
Região oeste
No oeste do Pará, em Almeirim, a prefeitura emitiu um comunicado, na noite de quarta-feira, 22, suspendendo as atividades esportivas ao ar livre.
De acordo com a Prefeitura, o motivo dessa medida preventiva é a presença significativa de fumaça na cidade, levando a um aumento alarmante nos casos de insuficiência respiratória aguda nos atendimentos médicos locais.
O Hospital Municipal e os Postos de Saúde de Almerim, segundo o g1, registraram um crescimento notável nos casos relacionados a problemas respiratórios, o que motivou a recomendação de evitar atividades ao ar livre.
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