O governador do Pará, Helder Barbalho, participou na segunda-feira, 13, do Roda Viva, da TV Cultura. Em duas horas de entrevista, ele falou sobre vários assuntos, entre eles a importância de sediar a Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será em Belém em 2025.
O que eu entendo que é a grande oportunidade, não apenas do Pará, mas da Amazônia, do Brasil e do sul global, é o legado do meio ambiente. Pela primeira vez, nós podemos inserir a discussão sobre qual é o papel da floresta na agenda das mudanças climáticas”, salientou.
De acordo com o governador, historicamente o posicionamento dos grandes países é que Brasil precisa preservar a floresta, mas sem apresentar soluções para manter a floresta e quem vive nela, sem dizer como se constrói uma agenda de sustentabilidade ambiental e também social.
“Acho que é o grande momento para discutir o mercado de carbono, para que possamos apresentar soluções que estão sendo feita de redução de emissão e desmatamento, para que nós possamos implementar bioeconomia, discutir a floresta com mecanismos de concessão de uso de solo. Portanto alternativas que possam gerar empregos verdes. Por isso, eu aposto muito na oportunidade do legado que isso pode deixar para a Amazônia”, disse.
Helder também falou sobre outro legado, o de infraestrutura, para a capital paraense, implementando investimentos que possam deixar no pós evento soluções definitivas para uma melhor qualidade de vida para a população.
Ele lembrou que os desafios são muitos e que por isso seu governo contratou a Fundação Getúlio Vargas para fazer um diagnóstico e apresentar soluções que passam por infraestrutura para a cidade e de hotelaria.
De acordo com o governador, são esperadas de 50 a 70 mil pessoas durante a COP30. Para hospedar tanta gente, ele diz, estão sendo estudadas formas de ampliar ofertas de quartos, estimular novas, além de identificar perfis de demandas hoteleiras, que podem ser, por exemplo, escolas, imóveis públicos e privados, além de navios.
Ainda sobre o meio ambiente, o governador destacou a importância do Brasil avançar na discussão do mercado de carbono. Ele afirmou que agendou uma reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira, no final do mês, para falar sobre o que os estados da Amazônia Legal pensam sobre a questão.