O presidente Luiz Ináco Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, apresentaram nesta quarta-feira, 5, Dia Mundial do Meio Ambiente, um balanço das ações do governo na área e anunciaram novas medidas de proteção para os biomas brasileiros. Entre essas medidas, está um pacto para a prevenção de incêndios na Amazônia e no Pantanal.
O objetivo é que os governos federal e estaduais planejem e implementem ações colaborativas e integradas de prevenção, preparação e combate aos incêndios florestais e nas demais formas de vegetação nativa nos dois biomais.
Além da iminência de uma estiagem severa, tanto a Amazônia quanto o Pantanal tiveram grande aumento nos focos de queimadas em 2024, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No primeiro, o aumento foi de 107%, e no segundo, os incêndios cresceram 898%, em comparação aos cinco primeiros meses de 2023.
“O que estamos vendo no Rio Grande do Sul em chuva e os efeitos dessa chuva, vamos ver em estiagem provavelmente na Amazônia e no Pantanal. Vamos ter um fenômeno com incêndios e queimadas”, afirmou Marina
Além do pacto, foram assinados no evento outros 13 novos decretos, que criam a Estratégia Nacional de Bioeconomia, a assessoria extraordinária para a COP 30 no MMA, o Programa Nacional De Conservação e Uso Sustentável dos Manguezais, entre outras ações.
“A gente poderia fazer dessa riqueza que a humanidade tem, hoje, uma coisa extraordinária, poder desenvolver economicamente os estados do Norte do país, porque eles não querem ser eternamente extrativistas, eles querem continuar tendo acesso ao desenvolvimento, à exploração financeira não apenas na produção agrícola, na criação de gado, mas na questão do turismo”, afirmou Lula, sobre a bioeconomia.
No ato para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente, também foram anunciados a recomposição do orçamento para o meio ambiente, a captação de investimentos, a retomada da criação e valorização de Unidades de Conservação, além de resultados no combate ao desmatamento.
Marina lembrou que a redução de 40,5% no desmate na Amazônia, no período de janeiro a maio de 2024, só foi possível graças ao trabalho em conjunto com estados e municípios.
“Quando a gente [governo federal e estados] começou a trabalhar junto, a gente conseguiu reduzir o desmatamento também nos estados. Uma demonstração de que é fundamental o trabalho do governo federal”, destacou.
E, por fim, o presidente fez um chamamento sobre a urgência de todos preservarem o meio ambiente.
“Não é mais uma questão de ativista, não é mais uma questão universitária, não é mais uma questão, como se dizia antigamente, de bicho grilo. A questão ambiental é um chamamento à responsabilidade dos seres humanos, que são considerados de todas as espécies animais os mais inteligentes do planeta, para que não destruam a sua casa, para que não destruam o seu barco, para que não destruam o ar que respiram, para que não destruam a água que bebem”, disse.