O governo brasileiro divulgou nesta sexta-feira, 24, um relatório com os parâmetros para a segunda emissão pela União de títulos públicos sustentáveis – ou títulos verdes . Ainda sem data definida, a iniciativa segue o modelo da primeira emissão do tipo no País, realizada em novembro de 2023, quando o Brasil captou US$ 2 bilhões.
Os títulos verdes permitem ao governo pedir dinheiro emprestado a investidores, prometendo devolver esse dinheiro com juros em um prazo determinado. Os recursos devem ser destinados exclusivamente a projetos ou empreendimentos sustentáveis ou de governança ambiental, social e corporativa, mais conhecido pela sigla ESG.
O relatório informa que 50% a 60% dos recursos da próxima emissão serão associados a despesas ambientais e o restante, a despesas sociais..e sendo direcionado para a área social.
São nove os segmentos principais que receberão recursos. Seis são da área ambiental: controle de emissões de gases de efeito estufa (GEE), para a qual será direcionada entre 4% e 5% dos recursos; energia renovável, entre 30% e 34%; eficiência energética, entre 0,5% e 1,0%; transporte limpo, entre 13% e 17%; biodiversidade terrestre e aquática, entre 1% e 2%; adaptação às mudanças climáticas, entre 1% e 4%. Os outros três segmentos estão ligados à área social: economia circular, entre 0,5% e 1%; combate à pobreza, entre 36% e 46%; e acesso a infraestrutura básica, entre 4% e 8%.
“Diante da urgência imposta pela crise climática e da crescente tendência global em direção a uma economia de baixo carbono, o Plano de Transformação Ecológica se apresenta como uma oportunidade para o país impulsionar um desenvolvimento econômico sustentável e inclusivo, que promova a justiça social e o bem-estar da população” diz o relatório.