A operação de retirada de invasores da Terra Indígena Munduruku (TIMU), localizada nos municípios de Jacareacanga e Itaituba, terá início neste sábado, 9. A ação visa remover pessoas que realizam extração ilegal de ouro e garantir que o território permaneça exclusivamente com os 9.257 indígenas dos povos Munduruku, Isolados do Alto Tapajós e Apiaká.
Hoje, a Terra Indígena (TI) Munduruku – demarcada em 2004 – é um dos territórios indígenas mais impactados pela atividade garimpeira ilegal no Brasil: sofre pelo desmatamento da floresta; pela contaminação de rios e intoxicação da população por mercúrio; pela exploração de mão de obra, pela destruição do meio ambiente. Por isso, foi priorizada para desintrusão por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
O objetivo é garantir que os direitos da população indígena ao seu território sejam respeitados, preservando seus costumes, línguas, crenças e tradições. Além disso, a operação visa proteger as riquezas naturais da região, como fauna, flora, rios e minérios, fundamentais para a vida e cultura dos povos indígenas.4
Segundo a Casa Civil, responsável por coordenada a operação, a ação reflete o compromisso do Governo Federal em proteger a Amazônia e os direitos dos povos originários.
A operação envolve 20 órgãos federais, Entre eles Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério da Defesa, Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Ministério dos Povos Indígenas e Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Também haverá a participação de agências reguladoras federais que vão atuar na fiscalização.