O governador Helder Barbalho afirmou que a venda de créditos de carbono pode gerar R$ 35 bilhões, aos paraenses até o ano de 2026. Em setembro, o Pará fez um acordo histórico para vender quase R$ 1 bilhão em créditos de carbono e garantir financiamento para o combate ao desmatamento e preservação da Amazônia.
“Temos a perspectiva, já atestada por certificadoras internacionais, de podermos comercializar R$ 35 bilhões, um recurso que não existia, no sentido de que é uma receita que não estava sob o olhar do Estado e da economia paraense”, disse. durante ESG Brazil Summit, promovido pelo Brazil Journal, em São Paulo.
O governador explicou que os recursos arrecadados com a venda dos créditos de carbono serão utilizados no Pará, a partir de 2025, para financiar programas que querem reduzir o desmatamento, além de apoiar o modo de vida dos povos tradicionais e o desenvolvimento sustentável.
“24% destes recursos vão ser destinados para os povos indígenas, 14% para povos quilombolas, outros 14% para agricultura familiar e o resíduo deste valor fica para o Estado, que será obrigado por lei, reverter esse recurso na política de continuidade da redução das emissões”, disse.
Helder disse ainda que “nunca mais um indígena do Pará precisará ir a porta da Funai pedir recurso para conseguir uma cesta de alimento”.
COP 30
Helder falou ainda sobre os avanços nas obras estruturais para construção do Parque da Cidade, local que vai sediar o evento, além do Porto de Futuro II, um espaço âncora durante a COP para receber atividades econômicas e fomentadoras voltadas ao turismo, cultura, lazer, gastronomia e bioeconomia.
O governador também falou das intervenções para ampliação do número de vagas de hospedagens, dragagem para incluir Belém na rota internacional dos grandes cruzeiros, e das iniciativas para a qualificação da mão de obra local, além dos avanços no saneamento e no desenvolvimento ambiental.
“A COP 30 é a grande oportunidade do Brasil liderar a agenda ambiental e será em Belém a oportunidade de mostrarmos para o mundo e chamar o planeta para soluções baseadas na natureza”, destacou.