O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) teve um volume recorde de arrecadação de multas ambientais em 2024. O pagamento feito pelos autuados somou R$ 729 milhões. Em 2023, o valor atingido foi de R$ 219,3 milhões, quase quatro vezes mais
O valor do ano passado equivale ainda a 54% do orçamento total que o Ibama teve no exercício, de R$ 1,35 bilhão, segundo a Folha.
O aumento na arrecadação de multas é reflexo de um esforço que a área de autuação ambiental tem feito, não apenas para retomar as fiscalizações, mas também para concluir processos e evitar que os mais antigos prescrevam. Historicamente, o IBAMA só consegue recolher uma média de 5% do valor total de multas que emite por ano. Em 2024, esse resultado saltou para 15,5% dos R$ 4,707 bilhões em multas ambientais aplicadas pelo órgão no período.
“É importante ampliar o resultado, mas o IBAMA não tem interesse de ser uma máquina de arrecadação de multas. No mundo ideal, elas deveriam cair. Nosso maior foco está na reparação do dano, na restauração ambiental, e essa é a nossa prioridade”, diz o presidente do órgão ambiental, Rodrigo Agostinho.
No fim da semana passada, o órgão ambiental recebeu sete novos helicópteros modelo AW119, chamados “Koala”, que fortalecerão a fiscalização ambiental, com foco no combate ao desmatamento, ao garimpo ilegal e a incêndios florestais, informam Um só planeta, Agência Gov, TV Brasil, Correio Braziliense, Veja, Pará Terra Boa e R7. Além disso, permitirão uma maior atuação em enchentes e outros desastres climáticos.