O ano de 2024 se configura como um marco trágico para o meio ambiente brasileiro. Antes mesmo de o primeiro semestre terminar, o País já registra o maior índice de emissões de CO2 causadas por incêndios florestais e queimadas das últimas duas décadas, de acordo com dados do observatório europeu Copernicus.
Neste período, foram emitidos 81,8 milhões de toneladas de CO2 equivalente (t/CO2e), cerca de 22 megatoneladas de carbono, um padrão não registrado pelo sistema desde 2005. As informações são do Um Só Planeta
Roraima se destaca como um dos principais emissores, sendo responsável por cerca de um quarto do total de CO2 liberado no período. Dados do Copernicus revelam que, até maio, as queimadas no Estado já haviam gerado 19,8 milhões de t/CO2e.
Segundo especialistas brasileiros, a seca severa de 2023 no norte do bioma criou um cenário propício para o fogo espontâneo da floresta. Esse tipo de fogo, difícil de controlar e monitorar, contribuiu para o aumento do número de incêndios na região, mesmo com a redução do desmatamento.
No prognóstico do Inpe (Instituto de Pesquisas Espaciais) para este inverno, deve haver chuvas acima da média em Roraima, porém em outras partes do Norte espera-se uma forte temporada de estiagem, até pior que a do ano passado.