Por volta das 6 e meia da manhã desta quarta-feira, 12/01, a régua fluviométrica, que mede o nível do rio Tocantins, registrava 12 metros e 13 centímetros acima do leito normal. Com a intensidade da chuva da manhã, ao meio-dia, a régua apontava 12 m e 18 cm, uma elevação de cinco centímetros num intervalo de 4 horas.
De acordo com Saulo Carvalho, coordenador do Núcleo de Monitoramento Hidrometeorológico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), “essa já é considerada a terceira maior cheia da história de Marabá. Em 1990, foi um caso bem atípico mesmo. O nível do rio chegou a 14 metros. Já em 1986, foi 12,20 metros”, conforme afirmou ao jornal “O Liberal”.
A Defesa Civil do município continua o atendimento às famílias e orienta para que elas não fiquem ilhadas, morando em construções no segundo piso da residência, pois a retirada se torna mais difícil, posteriormente.
“O nível do rio continua aumentando e isso atinge mais famílias, e estamos pedindo para que saiam desses locais e não esperem que a água possa baixar, elas têm que ser levadas para um lugar seguro. Hoje temos 13 abrigos, e pedimos que as pessoas evitem ficar ilhadas porque depois é mais difícil retirar a famílias”, afirmou Jairo Milhomem, Coordenador da Defesa Civil.
Os 13 abrigos são um frente a Obra Kolping, na antiga Borges Informática, Rua 05 de abril, Praça Paulo Marabá, Folhas 14, 31 e 32, na Avenida Sororó, no bairro São Félix, Curral, Laje da Yamada, Galpão do Poção Calçados e na Transmangueira.
Há três abrigos não oficiais, sendo dois no bairro Santa Rosa/Z-30, Associação do Santa Rosa e na Rua das Cacimbas. Neles estão distribuídas 451 famílias, outras 633 famílias foram transportadas para casa de amigos ou parentes, as demais estão sendo atendidas em áreas ribeirinhas e ilhadas, totalizando 525 famílias. Os caminhões do Exército, Bombeiros e da própria Defesa Civil continuam a atender as famílias em áreas alagadas.
Ainda na manhã desta quarta-feira, a Defesa Civil continuou a entrega das cestas básicas de alimentos doadas pelo Governo do Estado. Foram 2.500 cestas de alimentos e ainda serão entregues kits de higiene, água potável e colchões. A Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários continua cadastrando as famílias na sede da Defesa Civil, na Rua 7 de Junho, 1020, Marabá Pioneira.
A Defesa Civil também continua a construção de mais abrigos e ampliando os já existentes. A previsão para os próximos dias é que o nível da água possa estabilizar, porém com possibilidade de elevação para a próxima semana.
“Nós estamos em contato com a cidade de Imperatriz e a Hidrelétrica de Estreito. Em Imperatriz parou, porém não devemos esperar que aqui possa parar e se parar é possível que depois volte a subir, toda atenção é pouca, mas estamos monitorando diariamente o rio”, afirmou Jairo Milhomem.
Quem desejar ajudar as famílias com doações, os pontos oficiais da Prefeitura para arrecadação são a sede da Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários – SEASPAC, que fica na Travessa da Fonte, bairro Amapá, Marabá – em frente ao CAP e ao lado do Ministério Público Estadual, e na sede da Defesa Civil Municipal, que está em novo endereço, na Rua 7 de Junho, nº 1020, Marabá Pioneira. A arrecadação é das 8 às 16 horas. Os itens prioritários são alimentos não-perecíveis, itens de higiene pessoal, roupas e artigos de cama, mesa e banho.
Fonte: Victor Haôr, da Prefeitura de Marabá