O Ministério Público Federal (MPF) intensificou a pressão sobre órgãos federais, estaduais e municipais para que adotem medidas eficazes no combate às queimadas que assolam o oeste do Pará. Em ofício enviado nesta semana, o MPF exige respostas e comprovações sobre as ações em curso para conter os incêndios e mitigar seus impactos sobre a saúde da população, em especial de povos indígenas e comunidades tradicionais. Foi concedido o prazo de dez dias para resposta.
A seca severa que atinge a região, agravada este ano, tem intensificado as queimadas e gerado uma grave crise ambiental e humanitária. A fumaça proveniente dos incêndios compromete a qualidade do ar e a saúde da população, enquanto a escassez de água e alimentos afeta principalmente as comunidades mais vulneráveis.
O MPF já havia cobrado respostas do governo estadual em outubro, mas não obteve retorno. Diante da gravidade da situação, a procuradora da República Thaís Medeiros da Costa e o procurador da República Vítor Vieira Alves decidiram ampliar a cobrança, incluindo órgãos federais e municipais.
“A estiagem deste ano se mostrou ainda mais severa que a do ano passado e a resposta dos órgãos governamentais não parece ter sido suficiente para enfrentar, satisfatoriamente, a complexidade do problema”, alerta o MPF.