O temor de uma nova forte estiagem aumentou no oeste do Pará depois que a régua da Agência Nacional de Águas (ANA) em Santarém registrou a marca de 5,46 metros nesta terça-feira, 16. O índice é 93 centímetros menor do que o do ano passado e o segundo pior no histórico da região, superando os registros das secas de 2015 e 2010. As informações são de O EstadoNET.
As informações da Defesa Civil do município mostram que, em 2015, o rio marcou 7,40 metros, ou seja, 1,94 metro a mais do que atualmente, enquanto que chegou a 6,10 metros em 2010, uma diferença de 64 centímetros no comparativo com o registrado agora. A cota de alerta é de 2,10 metros.
Além de Santarém, a situação preocupa em Itaituba, onde o Tapajós também recua em ritmo acelerado. De acordo com o monitoramento, o rio estaria descendo cerca de 4 centímetros por dia e alcançou nesta terça-feira o nível de 4,80 metros.
Para o coordenador da Defesa Civil municipal, Darlison Maia o recuo das águas ainda não representa uma seca, mas indica que a região sofrerá com uma grande estiagem.
Ainda assim, o órgão já organiza a ida a campo para prestar assistência às comunidades mais vulneráveis, como é o caso das populações das várzeas, da Resex Tapajós-Arapiuns e do PAE Lago Grande, que enfrentam grandes dificuldades de transporte quando o rio seca.
“Provavelmente essas visitas ocorram nesta semana. Vamos verificar algumas comunidades que possam estar com risco de ficar isoladas, para podermos ter dados. Vamos fazer registro fotográfico para inserir no sistema de Defesa Civil e, caso seja necessário, decretar a situação de emergência por estiagem”, afirmou o coordenador.