O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) recebeu na quinta-feira, 16, sete novos helicópteros modelo AW119, os chamados Koala. As aeronaves reforçarão a capacidade do Instituto na fiscalização ambiental, especialmente no combate ao desmatamento e ao garimpo ilegal, bem como na prevenção e combate a incêndios florestais. O contrato de arrendamento, de R$ 130 milhões por ano, prevê 5 mil horas de voos ao ano.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, a contratação permitirá também ampliar a atuação em situações de enchentes e outros desastres climáticos. Desse modo, a ministra Marina Silva ressalta o investimento do Governo Federal nas ações dos órgãos de comando e controle.
“Isso não é custo, é um investimento. Isso porque proteger o capital natural de um país é investimento”, observa Marina, que destaca o grande potencial ambiental do Brasil. Segundo ela, o Brasil tem muitas vantagens na comparação com outros países, sobretudo nesse momento de aquecimento global e de eventos climáticos extremos.
“Se não tivermos o cuidado necessário com nossas riquezas e belezas, o prejuízo será incomparavelmente maior. Então eu estou muito feliz que a gente possa ampliar a nossa capacidade de atuação. Isso vem desde o processo de transição (de governo) em que essas questões todas haviam sido planejadas”, disse a ministra.
Na visão de Marina, a implementação da nova frota ajudará no combate à criminalidade e com os novos equipamentos, espera-se maior eficiência nas operações. “O que faz com que a criminalidade recue é a não certeza da impunidade ou a não expectativa dela. Quando se tem quase certeza da impunidade, a criminalidade avança. Quando, em lugar de serem reconhecidos e respeitados, os servidores são ameaçados, perseguidos, isso faz com que a criminalidade avance”, destacou a ministra.
“Nós tivemos um esforço muito grande para reduzir desmatamento nesses dois anos e agora a gente entra numa segunda etapa Vamos poder atuar em áreas que aonde não a gente não conseguia chegar por dificuldades operacionais e logísticas”, disse Agostin.
D e acordo com o presidente do Ibama, a partir de segunda-feira, 20, as novas aeronaves na Amazônia, cada uma em um estado diferente, para ajudar na fiscalização, no combate a garimpo ilegal, desmatamento e extração ilegal de madeira e ao crime organizado
Agostin destaca também a maior capacidade de atuação frente a necessidades sazonais.
“As aeronaves estarão trabalhando no lançamento de água e no transporte de brigadistas para as áreas dos incêndios florestais. Então, a gente passa a ter uma estrutura maior do que a gente já tinha”, diz, observando que a capacidade de atendimento do Ibama aumenta em quase 50%.
O Ibama também investiu na tecnologia de monitoramento remoto, contando com uma frota de 163 drones (aeronaves remotamente pilotadas) equipados com sensores de alta precisão e operados por uma equipe especializada de 192 profissionais, garantindo maior eficiência nas ações de monitoramento e proteção ambiental em todo o território nacional.