A Amazônia queima. Em 2024, o número de focos de incêndio aumentou 43,7% nos primeiros 11 meses no bioma, atingindo 134.979, o maior índice desde 2007. Somente em novembro, foram registrados 14.158 focos, superando a média dos últimos cinco anos em 46,2%. Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) evidenciam a gravidade da situação e a urgência de medidas para combater as queimadas.
E o Pará segue no epicentro dessa tragédia. Depois de registrar 14.158 focos de incêndio em novembro, um aumento de 46% em relação à média histórica para o mês, o estado já soma, nestes primeiros dias de dezembro, 947 focos. No acumulado do ano, o estado concentra 20% de todos os registros no País, atingindo a marca de 54.028 casos.
A crise provocada pelas queimadas no Pará não se restringe ao meio ambiente. A qualidade do ar no estado atingiu níveis alarmantes, colocando em risco a saúde da população e prejudicando atividades econômicas.
Diante da gravidade da situação, o governo do Pará solicitou apoio ao Ministério do Meio Ambiente para reforçar o combate aos incêndios. De acordo com a Veja , com auxílio federal, o estado intensificou suas ações, empregando 120 bombeiros no controle das queimadas. Medidas como a proibição do uso de fogo para manejo agrícola e a implementação do Plano Estadual de Ações de Combate à Estiagem (PAEINF 2024) também foram ampliadas.
Com a realização da COP30 no estado em 2025, o Pará está no centro das atenções globais. A conferência é vista como uma oportunidade para discutir soluções sustentáveis, mudança do clima, além de reforçar a proteção do bioma amazônico, que enfrenta uma crise sem precedentes.