A Polícia Civil do Pará e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) deflagraram nesta terça-feira, 11, a Operação Dark Wood para desmontar um esquema de falsificação de créditos florestais que teria movimentado cerca de R$ 26 milhões. Nove mandados de busca e apreensão e sete de prisão temporária foram cumpridos no Pará e em Brasília (DF).
De acordo com a investigação, a organização criminosa utilizava documentos falsos para forjar leilões de produtos madeireiros supostamente realizados pelas prefeituras de Itaituba e Novo Progresso. Após o evento, os criminosos solicitavam a inclusão de créditos florestais para as empresas referente ao montante de 13 mil m³ de madeira.
“A investigação se baseia na falsificação de documentação pública. Foram forjados leilões para aquisição de créditos florestais por essa quadrilha. Dessa forma, eles criavam madeira legal e, com isso, esquentavam madeira advinda do desmatamento”, explicou Tainan Monteiro, delegado da Diretoria Estadual de Combate à Corrupção (DECOR).
Além disso, segundo a Polícia Civil, com esses créditos em mãos, as empresas simulavam o transporte e recebimento dos produtos com expedição de falsas guias florestais. Desde o início da fraude, teriam sido movimentados R$ 26 milhões pela quadrilha.
Durante a operação Dark Wood, sete pessoas envolvidas no esquema foram presas, sendo seis no Pará e uma no Distrito Federal. Entre elas estão os proprietários das madeireiras e um servidor da Semas.
A ação também resultou no sequestro de bens dos envolvidos, bloqueio de contas bancárias em valores superiores a R$ 20 milhões, apreensão de um veículo de luxo, um apartamento e dinheiro em espécie. Todas as pessoas capturadas já estão à disposição da Justiça.