Estratégias técnicas de administração, produção e exploração sustentável de recursos madeireiros e não-madeireiros devem ser aprimoradas no estado do Pará por meio de sua Política Estadual de Manejo Florestal Comunitário. O projeto tramita na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e deve ser encaminhado em breve para a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa).
A criação e outras medidas necessárias para a promoção do manejo florestal comunitário foram abordados em uma reunião entre dirigentes do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) realizada nesta terça-feira, 2. O trabalho colaborativo tem o objetivo de fortalecer essa cadeia no contexto da bioeconomia.
“A colaboração entre os diversos órgãos e instituições presentes nessa reunião é fundamental para garantir o sucesso das políticas e ações voltadas à conservação e uso sustentável das florestas públicas estaduais”, disse à Agência Pará o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto.
Durante o encontro, um dos pontos destacados foi o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) existente entre o Ideflor-Bio e o SFB que já tem beneficiado o desenvolvimento de ações de manejo florestal comunitário e familiar, bem como o avanço de políticas ambientais no estado.
Além disso, os representantes debateram a importância da integração das políticas das áreas agrícola e ambiental, enfatizando o papel da agricultura familiar no uso sustentável dos recursos naturais. Outro ponto abordado foi a realização um congresso pré-COP30 focado no manejo florestal comunitário. A ideia é reunir especialistas, pesquisadores e comunidades locais para discutir estratégias sustentáveis na região.
Na avaliação da gerente de gestão de contratos do Ideflor-Bio, Cíntia Soares, o compromisso firmado pelas instituições durante a reunião demonstra que há um engajamento político visando a promoção de práticas sustentáveis na Amazônia.
“A expectativa é que essa iniciativa resulte em benefícios concretos para as comunidades locais, para o meio ambiente e para a economia da região”, ressaltou Cíntia Soares.