A estiagem que começou nos Andes e secou a calha dos rios Negro e Solimões desde o Acre até o Amazonas, atinge também o Pará, especialmente os pescadores da região oeste, cuja subsistência depende diretamente da pesca,.
Em audiência com o ministro da Pesca e Aquicultura (MPA), André de Paula, na manhã de quarta-feira,18, parlamentares falaram sobre a situação da população local e pediram ajuda federal.
“Os pescadores têm um papel fundamental no desenvolvimento do nosso Pará, em especial da minha região Oeste. Por isso, neste momento difícil, eles precisam de apoio e atenção. Apresentei esta demanda ao ministro André de Paula, que foi muito receptivo com a nossa proposta e garantiu que o nosso pedido será avaliado com a devida atenção e rapidez”, afirmou o deputado Henderson Pinto (MDB-PA)
Os vereadores Jander Ilson (União Brasil) e Alexandre Maduro (MDB), ambos são de Santarém, cidade paraense que fica na margem da junção dos rios Tapajós e Amazonas, enfatizaram a importância da articulação e a necessidade de maior atenção do Governo Federal junto aos trabalhadores da pesca.
“Os peixes estão morrendo e nossos pescadores estão se sentindo isolados, eles precisam se ajuda”, pontuou IIson.
Já Maduro falou sobre a importância da presença do Governo Federal na região.
“Estamos acompanhando a situação de perto e sabemos que não está sendo fácil, por isso, nesse sentido, seria importante a presença do governo federal na nossa região, para conhecer de perto a situação e agilizar os recursos”, disse Maduro.
Os parlamentares pediram ajuda do MPA para os pescadores do Pará nos mesmos moldes do que está sendo preparado para os do Acre, Rondônia e Amazonas. Na Amazônia, o seguro defeso é pago de novembro a março. E a intenção do MPA é oferecer dois meses a mais desse auxílio, que não se enquadra nas regras legais do seguro-defeso.
“A pesca é uma das principais atividades da região e o Pará é um dos estados brasileiros com o maior número de pescadores”, disse o deputado.
Segundo os dados do Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), há hoje no Pará 184.574 pescadores ativos. E mais 62.875 que pediram o registro e ainda aguardam a análise da documentação.
André de Paula destacou que o Pará, embora tenha sido afetado pela seca após o Amazonas, pode esperar um trâmite mais rápido, devido à experiência adquirida com a situação.