O anos de 2024 já figura com um dos com maior quantidade de focos de queimadas na última década, segundo dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Só o mês de setembro contabilizou mais de 80 mil focos, cerca de 30% acima da média histórica. O Pará foi responsável por 21,2% de todos os registros do mês, com 17.297 focos.
No acumulado de janeiro a agosto deste ano, 11,3 milhões de hectares foram queimados em todo o território brasileiro, de acordo com um levantamento do IPAM e do MapBiomas divulgado na sexta-feira, 27. A área equivale a dois estados da Paraíba, Deste total, 4,4 milhões de hectares foram registrados em grandes, médias e pequenas propriedades rurais.
Compreender onde e como o fogo ocorre é essencial para desenvolver políticas públicas eficazes de prevenção, mitigação e controle.
No Pará, equipes da Polícia Civil do Pará (PCPA) investigam queimadas que ocorrem no sudeste paraense. Na sexta-feira, 27, uma ação coordenada por meio da Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa) e Delegacia de Conflitos Agrários (Deca), constatou cerca de 8 mil hectares de área queimada dentro de uma fazenda.
“A operação ocorre em todo o Estado, em cumprimento ao decreto governamental que proíbe essa prática, conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98)”, destacou o delegado Dilermano Tavares, diretor da Demapa.
Conforme as investigações, três incêndios foram registrados na mesma fazenda, sendo que o primeiro incêndio iniciou com a combustão de uma das máquinas de corte que estava em atividade na área do plantio de teca.
O decreto nº 4151/2024, publicado pelo governo do Estado no Diário Oficial do Estado (DOE) proíbe queimadas no território estadual, desde o 27 de agosto de 2024, período considerado de estiagem no Pará.
Uma equipe da Polícia Científica do Pará (PCEPA) também integrou os trabalhos com a realização de perícias e auxílio na instauração do inquérito policial que irá verificar se a conduta foi ou não criminosa.