A Polícia Civil do Estado de Goiás cumpriu em Goiânia nesta quarta-feira, 3, um mandado de prisão preventiva expedido em Altamira, no sudoeste paraense, contra o fazendeiro Geraldo Daniel de Oliveira, mais conhecido como Geraldinho. Ele é apontado como líder de uma associação criminosa que promovia o desmatamento da Amazônia. De acordo com a acusação, 10 mil hectares da Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu foram devastados com a ação de Geraldinho.
Reportagem do G1 Pará mostra que o suspeito já havia sido detido no Estado em 2022 sob a acusação de contratar pessoas para promover queimadas em unidades de conservação com o objetivo de vender madeira e transformar as áreas de floresta em pasto.
Uma denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) em 2019 ressalta ainda que os funcionários a serviço de Geraldinho também ameaçavam agentes ambientais que investigavam o desmatamento na região. As multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) contra o fazendeiro somam mais de R$ 40 milhões.
Na operação recente realizada em parceria entre as polícias de Goiás e do Pará, Geraldo Oliveira foi preso em virtude das investigações que apuram seu envolvimento em crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, dano em unidade de conservação, incêndio florestal e pelo impedimento da regeneração da floresta.
No X (antigo Twitter), o governador do Pará, Helder Barbalho, comemorou a detenção do fazendeiro e de seu genro.
“Geraldinho é acusado de desmatar mais de 10 mil hectares nos últimos 5 anos, na APA Triunfo do Xingu. Ele e o genro, que está com prisão preventiva decretada, respondem por outros crimes ambientais e falsidade documental”, afirmou o governador.