Com mais de 11 mil ocorrências de incêndios florestais em 2024, o Pará concentra quase metade dos incêndios da Amazônia Legal, aponta o g1. Um dos municípios mais atingidos é Santarém, no oeste do estado. A cidade, que sofre há mais de um mês com uma densa camada de fumaça proveniente de queimadas, atingiu um nível crítico de poluição do ar. Segundo a plataforma PurpleAir, a cidade foi a segunda mais poluída do mundo na sexta-feira, 29.
Na madrugada passada, Santarém atingiu a marca de 455 microgramas por metro cúbico (µg/m³). A situação é pior em Alter do Chão, que chegou a 475 microgramas por metro cúbico (µg/m³). Os números são quase dez vezes maiores que indicado como aceitável pela Organização Mundial de Saúde, que é de 50 microgramas por metro cúbico (µg/m³).
Segundo um estudo publicado na quinta-feira, 28, na revista The Lancet, a poluição do ar causada por incêndios florestais foi responsável por mais de 1,5 milhão de mortes anuais nos países em desenvolvimento,
Mortandade de peixes
Na segunda-feira, 25, a comunidade Igarapé do Costa, próximo a Santarém, presenciaram uma mortandade de 15 e 20 toneladas de peixes, além de jacarés, tartarugas e arraias. Como as queimadas, o caso está relacionado diretamente à seca severa que atinge a região e maltrata severamente as comunidades.
Há um mês, organizações da Sociedade Civil do Baixo Amazonas encaminharam uma carta aos órgãos governamentais cobrando medidas emergenciais e estruturais, de curto, médio e longo prazos para o enfrentamento dos impactos das mudanças climáticas na região, chamando atenção para os incêndios que destroem a floresta.
O secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Raul Protázio Romão, anunciou que irá na próxima terça-feira, 3, reunir-se com a Comissão de Meio Ambiente, na Alepa, para tratar da questão climática,