Se depender do prefeito de São Félix do Xingu, João Cleber, o plano da Vale de aumentar a capacidade da mina de níquel Onça Puma, no Sudoeste do Pará, para 12.000 t/ano-15.000 t/ano, com a instalação de um segundo forno de processamento do metal, não vai se concretizar.
Cleber disse que vai negar a liberação de alvará de funcionamento para a operação, enquanto o município no Pará não for contemplado com investimentos. Segundo ele, a empresa responsável pela extração do minério não tem cumprido seu papel social de gerar emprego e renda e não tem investido recursos para compensar os danos ambientais desde que começou a operação no município. A notícia ganhou repercussão no Portal Santarém.
De acordo com o site, o prefeito sugeriu ao governador Helder Barbalho que não autorizasse a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semas), a Licença de Operação, uma vez que a prefeitura não voltará atrás enquanto a Vale não compensar a população pelos inúmeros danos ambientais causados pela atividade de extração de minério.
“Enquanto, eles não cumprirem com as condicionantes e não sentarem na mesa de negociação com a gente, eu não vou conceder o alvará de funcionamento. A Vale não tem nada de São Félix enquanto não cumprirem com as suas obrigações”, afirmou.
O forno da Vale será montado em Ourilândia, porém, segundo João Cléber, o minério de São Félix de Xingu não vai sair do município até que os acordos e condicionantes sejam todos cumpridos como determina a legislação.
O projeto Onça Puma responde pela produção de níquel da Vale no Brasil. Em 2020, somou 16 mil toneladas. A produção total da empresa somou 215 mil toneladas do metal em 2022. 73% do projeto de exploração de minério do projeto estão em São Félix do Xingu.