Alvo constante de garimpeiros ilegais, o Pará precisa redobrar a atenção para os riscos representados por essa atividade, como o recente desastre ocorrido no Amapá. Na última semana, uma barragem de um garimpo ilegal de ouro se rompeu no município de Porto Grande, a cerca de 102 quilômetros de Macapá.
A lama com rejeitos de mineração atingiu o rio Cupixi, um dos principais da região, contaminando toda a sua extensão. Isso vai atingir o consumo de água potável e a pesca ara os ribeirinhos´.
A Prefeitura de Porto Grande decretou estado de calamidade.
A área do garimpo é operada informalmente por uma empresa ainda não identificada, o que dificulta a responsabilização e a punição dos culpados.
Os impactos do garimpo ilegal
O garimpo ilegal, além de causar desastres como o rompimento de barragens, traz uma série de outros prejuízos para a sociedade:
- Não recolhe impostos: a atividade ilegal não contribui com a arrecadação de impostos, privando o estado de recursos que poderiam ser investidos em áreas como saúde, educação e segurança.
- Não contribui com a economia local: a riqueza gerada pelo garimpo ilegal não beneficia a população local, que muitas vezes sofre com a alta dos preços e a falta de infraestrutura.
- Gera violência: onde há garimpo ilegal, a violência costuma ser mais alta, com o aumento da criminalidade e da insegurança.
- Ameaça a saúde: a poluição do mercúrio e do arsênio, utilizados no processo de extração do ouro, representa um grave risco para a saúde da população, podendo causar doenças neurológicas, câncer e outros problemas graves.
Um alerta para o Pará
O caso do Amapá serve de alerta para o Pará, que também sofre com a ação de garimpeiros ilegais em seu território. É preciso que o governo e a sociedade civil intensifiquem a fiscalização e o combate a essa atividade criminosa, que causa tantos prejuízos para o meio ambiente e para a população.