O Ministério do Turismo divulgou informações inéditas de um levantamento do órgão que evidenciam a atenção – e também as preocupações – dos brasileiros em relação à sustentabilidade do setor.
Segundo um estudo, elaborado pelo Instituto de Pesquisa de Reputação e Imagem (IRPI), 27% dos entrevistados deixaram de fazer algum tipo de turismo com motivação de lazer devido a mudanças climáticas intensas. A análise também mostra que, na visão de 6 em cada 10 brasileiros (63%), as alterações no clima prejudicam a atividade turística, evidenciando como a questão pode comprometer o desenvolvimento do ramo no País.
O levantamento também revela o potencial da COP 30, que será realizada em 2025 em Belém (PA), para impactar positivamente o turismo. Na avaliação de 70% dos consultados, o evento, palco de discussões sobre sustentabilidade, será importante à cidade, ao Norte do país e ao Brasil. Outros 69% consideram congressos e eventos, a exemplo da própria COP 30, importantes ou muito importantes ao turismo – porcentagem maior que a de shows de artistas internacionais (58%).
Realizado com 2.029 entrevistas a cidadãos maiores de 16 anos de idade nas 27 Unidades da Federação, o estudo do IRPI aponta o turismo ecológico como uma das principais preferências dos brasileiros que pretendem viajar neste ano. Natureza/Ecoturismo ocupa o segundo lugar entre as maiores motivações dos consultados, citada por 27% dos participantes, atrás apenas de Sol e Praia (59%). (Acesse AQUI a pesquisa)
No Pará, são várias as opções de turismo ecológico. Na ilha de Maiandeua, no município de Maracanã, que recentemente passou a integrar Sistema de Informações do Mapa do Turismo Brasileiro (Sismapa), o projeto Conduz Maiandeua oferece atividades diferenciadas que visam a conexão dos visitantes com o meio ambiente, a cultura e os modos de vida das comunidades locais.
Outra opção são os parques estaduais. O Parque Estadual Monte Alegre (PEMA), em Monte Alegre, por exemplo, oferece um complexo de serras (Serra da Lua e Serra do Ererê), vales, cavernas (Gruta do Pilão e Gruta Itatupaoca), além da presença de diversos sítios arqueológicos e diversas outras particularidades.
Já o Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas (PESAM), em São Geraldo do Araguaia, é uma zona de transição entre os biomas Amazônia e Cerrado, com cachoeiras, sítios arqueológicos, cavernas, grutas, registros rupestres, trilhas e mirante para contemplação de parte do parque e vista do Rio Araguaia.
Existe ainda um segmento, o do turismo de base comunitária (TBC), que vem ganhando cada vez mais espaço por possibilitar o contato dos visitantes com verdadeiras experiências amazônicas. A proposta é oferecer roteiros em que as peculiaridades do modo de vida das populações tradicionais e sua relação com a natureza são o grande destaque.