Ciente da posição da agropecuária como maior emissora de gases de efeito estufa no Brasil, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou na segunda-feira, 25/10, que esse setor pode contribuir para economia verde no Brasil.
“Por meio de iniciativas sustentáveis, o Brasil continuará a fortalecer a agropecuária, um dos setores mais vulneráveis à mudança do clima”, acrescentou Tereza Cristina no lançamento do Programa Nacional de Crescimento Verde, coordenado pelos ministérios do Meio Ambiente e da Economia. No evento, a ministra destacou as ações realizadas pelo Mapa para que o agronegócio seja protagonista do desenvolvimento de uma economia verde no Brasil.
Como é sabido, as mudanças climáticas apontam na direção de períodos de estiagem mais longos e de chuva mais extremos, o que afetam setores pilares do agronegócio brasileiro. Nos próximos 20 anos, a temperatura deve ultrapassar 1,5ºC a mais – trazendo ainda mais efeitos negativos para a vida das pessoas, como extremos de temperatura mais frequentes, intensos e perigosos.
No Brasil, a temperatura pode subir entre 4ºC e 5ºC nas próximas décadas. Isso terá efeito direto na disponibilidade de chuva e na produtividade do agronegócio.
O Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, chamado de ABC+, foi apresentado pela ministra como uma das mais ambiciosas políticas públicas agropecuárias no mundo. Até 2030, a meta do Plano é reduzir a emissão de carbono equivalente em 1,1 bilhão de toneladas no setor agropecuário com a adoção de tecnologias de produção sustentável.
Ela também destacou a criação da Cédula de Produtor Rural Verde, a CPR Verde, que irá incentivar o produtor rural a produzir preservando e recebendo pagamento por serviços ambientais.
Outras diretrizes nas quais o Mapa atua também foram lembradas pela ministra, como a integração entre a conservação do meio ambiente com a produção agropecuária, a regularização fundiária, a promoção da regularização ambiental das propriedades rurais, com a implementação do Código Florestal Brasileiro. “A agricultura brasileira é descarbonizante, e a neutralidade de carbono caminhará a passos largos”.
Fonte: Ministério da Agricultura