Cuidem-se. A previsão é de muito toró para este mês de março!
De acordo com a previsão meteorológica emitida nesta sexta-feira, 04/03, pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), as regiões noroeste, sudoeste, porção central e Baixo Amazonas vão ter os maiores índices de precipitação do mês, sendo normalmente o período mais chuvoso do ano. Porém, para as regiões nordeste, Ilha do Marajó e sul do Pará, a previsão é de chuvas de acordo com a média climatológica normal, conforme informou a Agência Pará.
As tradicionais chuvas da tarde estarão mais frequentes nas regiões nordeste, Região Metropolitana de Belém (RMB), Marajó, porção norte do sudeste e parte centro-oeste da Calha Norte. As outras regiões – sudeste, sudoeste, baixo Amazonas e parte da Calha Norte – indicam totais mensais variando entre 250 e 400 mm/mês. É importante relatar que a faixa de 400/500 mm/mês é alta para a região do Baixo Amazonas, porém está dentro da média climatológica das regiões nordeste e Ilha do Marajó.
Causas dos torós
Segundo Saulo Carvalho, coordenador do Núcleo de Monitoramento Hidrometeorológico da Semas, existem motivos peculiares para a incidência de chuvas para este mês.
“Apesar da boa frequência de chuvas ocorrida em janeiro e fevereiro – ambos os meses tiveram mais de 23 dias cada um – essas chuvas têm acontecido principalmente em formas de pancadas rápidas e passageiras. Além do mais, foram registrados apenas dois eventos de chuvas volumosas (acima de 40 mm) na estação de Belém nesses dois meses. De acordo com as análises, algumas interações de sistemas frontais vindas do Hemisfério Norte contribuíram de forma a atenuar a atividade da ZCIT, principal produtor de chuvas em grande quantidade na faixa norte do Estado. Porém, há indicativos que esse sistema meteorológico possa se reorganizar e causar chuvas dentro da média climatológica para março”, afirmou.
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é um dos mais importantes sistemas meteorológicos que atuam na região tropical do planeta, fazendo parte da circulação geral da atmosfera. Essa circulação transfere calor e umidade das águas oceânicas dos níveis inferiores da atmosfera das regiões tropicais para os níveis superiores da troposfera e para médias e altas latitudes, atuando na manutenção do balanço térmico global. Na região norte do Brasil, é o principal sistema gerador de precipitação. O pico de chuvas observado nos meses de março e abril ocorre exatamente na época em que a ZCIT apresenta a sua maior proximidade com a região, quando atinge as posições mais ao sul de sua área de atuação.
Fonte: Agência Pará