Em todo o ano de 2021, foram abatidas 27,54 milhões de cabeças de bovinos no País, uma redução de 7,8% em relação ao ano anterior. O resultado representa o segundo ano consecutivo de queda, dando sequência ao cenário de retenção de animais observado desde o início de 2020, segundo informou a Agência IBGE na quarta-feira, 16/03. Nesse quesito, o Pará se destacou entre os Estados pesquisados por uma alta no volume de abates.
No 4º trimestre de 2021, foram abatidas 6,90 milhões de cabeças de bovinos, uma queda de 6,4% em comparação com o 4° tri de 2020 e uma diminuição de 0,9% contra o 3º tri de 2021. É o resultado mais baixo para um 4° trimestre desde 2008.
O abate de 2,34 milhões de cabeças de bovinos a menos no comparativo anual foi causado por retrações em 23 das 27 UFs. Os decréscimos mais expressivos ocorreram em Mato Grosso (-633,91 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-433,89 mil), Rio Grande do Sul (-299,46 mil), Paraná (-238,96 mil), São Paulo (-228,78 mil) e Minas Gerais (-74,08 mil). Em contrapartida, as variações positivas mais relevantes ocorreram em Goiás (+176,46 mil), Tocantins (+55,13 mil) e Pará (+40,90 mil).
Mato Grosso continuou liderando o ranking das UFs do abate de bovinos em 2021, com 16,2% da participação nacional, seguido por Goiás (10,8%) e Mato Grosso do Sul (10,7%).
O Pará é o quarto maior produtor de rebanho bovino do País. O Estado fica atrás apenas do Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Os dados mais recentes revelam que o Pará produziu em 2019 um rebanho bovino de 20.881.204 cabeças (ganho de 1,22% em relação ao ano anterior), o que representa 9,72% do rebanho nacional. O Estado de Mato Grosso foi responsável por 14,88% do rebanho nacional.
Com relação ao ranking local de produção bovina, os dados de 2021 mostram que São Félix do Xingu continua sendo o maior produtor do rebanho bovino. Segundo o levantamento, 10,73% da produção paraense são oriundas do município (2.241.537 cabeças). O segundo maior produtor paraense é Marabá (5,44%), seguido de Novo Repartimento (4,24%).
Frangos
Quanto ao abate de frangos, no acumulado de 2021, foram abatidas 6,18 bilhões de cabeças de frango, aumento de 2,8% (+169,87 milhões de cabeças) em relação ao ano de 2020. Esse resultado alcançou novo recorde da série histórica iniciada em 1997.
No 4º tri de 2021 foram 1,54 bilhão de cabeças, queda de 1% em relação ao mesmo período de 2020 e aumento de 0,5% na comparação com o 3° trimestre de 2021.
O abate de 169,87 milhões de cabeças de frangos a mais em 2021, em relação ao ano anterior, foi determinado por aumentos no abate em 19 das 25 UFs que participaram da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1%, ocorreram aumentos em: Paraná (+67,89 milhões de cabeças), Goiás (+47,10 milhões), São Paulo (+12,60 milhões), Mato Grosso do Sul (+10,57 milhões), Rio Grande do Sul (+10,40 milhões), Santa Catarina (+8,59 milhões), Bahia (+7,87 milhões), Minas Gerais (+6,15 milhões) e Pernambuco (+4,84 milhões). Em contrapartida, ocorreu queda em Mato Grosso (-20,77 milhões).
Paraná continuou liderando amplamente o ranking das UFs no abate de frangos em 2021, com 33,6% de participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,4%) e logo em seguida por Rio Grande do Sul (13,4%).
Suínos
Em relação aos suínos, o acumulado de 2021 registrou o abate recorde de 52,97 milhões de cabeças, representando um aumento de 7,3% (+3,61 milhões de cabeças) em relação ao ano de 2020.
No 4º tri de 2021, foram abatidas 13,38 milhões de cabeças, aumento de 6,5% em relação ao mesmo período de 2020 e queda de 2,7% na comparação com o 3° trimestre de 2021. É o melhor 4° trimestre da série histórica (1997).
O abate de 3,61 milhões de cabeças de suínos a mais em 2021, em relação ao ano anterior, foi impulsionado por aumentos no abate em 21 das 25 UFs participantes da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1%, ocorreram aumentos em: Rio Grande do Sul (+909,57 mil cabeças), Santa Catarina (+821,72 mil), Paraná (+786,36 mil), Minas Gerais (+552,80 mil), Mato Grosso do Sul (+242,69 mil), São Paulo (+143,80 mil) e Goiás (+49,45 mil). Em contrapartida, ocorreu queda em: Mato Grosso (-34,84 mil).
Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos em 2021, com 28,4% do abate nacional, seguido por Paraná (20,3%) e Rio Grande do Sul (17,5%).
Leite
A aquisição de leite cru acumulada em 2021 foi de 25,08 bilhões de litros, uma queda de 2,2% sobre a quantidade registrada em 2020. É a primeira diminuição após um período de quatro anos de aumentos consecutivos, observado entre 2017 e 2020.
No 4º trimestre de 2021 foi de 6,46 bilhões de litros, uma redução de 5% em relação ao 4° trimestre de 2020 e um aumento de 4,1% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.
As variações negativas absolutas mais consideráveis ocorreram em Minas Gerais (-324,88 milhões de litros), São Paulo (-182,72 milhões), Goiás (-77,24 milhões), Rondônia (-49,23 milhões) e Mato Grosso (-39,42 milhões). Em contrapartida, ocorreram aumentos em oito Estados, sendo as mais expressivas verificadas em Santa Catarina (+52,55 milhões), Sergipe (+41,78 milhões), Rio Grande do Sul (+35,78 milhões) e Bahia (+26,88 milhões).
Minas Gerais manteve a liderança no ranking das UFs, com 24,7% de participação nacional, seguida pelo Paraná (14%) e Rio Grande do Sul (13,4%).
Já a produção de ovos de galinha no acumulado de 2021 foi de 3,98 bilhões de dúzias, um aumento de 0,2% em relação ao ano anterior. Mesmo não tendo sido um grande acréscimo, resultou em um novo recorde na série histórica da pesquisa
No 4º tri de 2021, a produção chegou a 991,38 milhões de dúzias, queda de 0,5% na comparação com o mesmo trimestre em 2020 e diminuição de 1,5% contra o resultado do trimestre imediatamente anterior.
Fonte: IBGE