Cerca de 10 milhões de bovinos e bubalinos devem ser vacinados na segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa, que se inicia nesta terça-feira, 1° de novembro, em 127 municípios do Pará, informa a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará).
Essa etapa abrangerá todo o território paraense, com exceção do Arquipélago do Marajó e dos municípios de Faro e Terra Santa, na região oeste. A campanha será realizada, de 1º a 30 de novembro, e serão vacinados animais, com idade entre zero e dois anos, em aproximadamente 103 mil propriedades.
Hoje, o Pará tem cadastrado o número de 25.393,591 milhões de cabeças de gado e é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como ‘Estado livre da febre aftosa com vacinação’. A segunda etapa da campanha já faz parte do planejamento estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para retirada da vacinação do Pará.
“Até o momento a vacinação é a forma mais eficaz para que possamos ter a garantia da sanidade de nosso rebanho e, com essa garantia, o Pará nos elevou até o patamar de maior exportador de boi vivo. Assim, o empenho do produtor é um fator indispensável para que possamos manter esse status e com isso trazer maior valor agregado ao nosso rebanho.”, afirma Joylson Bentes Canto, gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa (PEEFA).
Segurança
Nesta etapa serão vacinados apenas os rebanhos de 0 a 24 meses de idade, porque os animais com mais de 2 anos já possuem pelo menos quatro vacinações, o que lhes confere alta imunidade, sendo reforçada, anualmente, na etapa de maio, que agrega bovinos e bubalinos de todas as idades.
As vacinas devem ser adquiridas em estabelecimentos cadastrados pela Agência e o produtor deve exigir a nota fiscal, para apresentá-la a Adepará, comprovando que vacinou e atualizando seu cadastro. A Agência frisa que o produtor é o responsável pela vacinação e terá até o dia 15 de dezembro para fazer a comunicação da vacina aos escritórios da Agência presentes nos 144 municípios, ou por meio eletrônico via internet, através do Siapec ( www.siapec3.adepara.pa.gov.br).
“Atualmente, a Agência conta com 176 postos de atendimento ao produtor, número superior à quantidade de municípios paraenses, que são 144, em consonância com o slogan do Governo do Estado “Por Todo o Pará”, informa o diretor geral da Adepará, Jamir Paraguassu Macedo.
O estado do Pará sempre ultrapassa a meta estipulada OIE, que é de 90% de proteção em animais e propriedades, para áreas livres de febre aftosa com vacinação. Os registros das campanhas anteriores evidenciam que regularmente a meta é atingida e que normalmente os índices estão acima de 98%.
Para comprovar a vacinação, é necessário apresentar, além da nota fiscal de aquisição da vacina, a relação do rebanho, com a quantidade de animais, faixa etária e espécie trabalhada. O produtor que não notificar a vacinação estará sujeito à multa, cujo valor pode variar de acordo com a quantidade de animais.
Qualidade
Em maio de 2018, o Estado recebeu o reconhecimento internacional de área 100% livre da febre aftosa, durante a programação da 86ª Assembleia Geral da OIE, em Paris, na França. A entrega ocorreu em conjunto com outros Estados brasileiros que também alcançaram a certificação, como Amapá, Amazonas e Roraima.
O Plano Estratégico do Programa Nacional de Febre Aftosa (PNEFA) objetiva criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre de aftosa e ampliar as zonas de status ‘livre da doença sem vacinação’. Para realizar a transição desses status sanitários, foram considerados critérios técnicos e estratégicos. A união dos esforços públicos e privados, a infraestrutura dos serviços veterinários e os fundamentos técnicos são a base para a conquista. O objetivo agora é que o Brasil possa retirar a vacinação contra a febre aftosa de todos os estados brasileiros.
Agronegócio
Com a agropecuária sendo a segunda pauta do PIB do Estado, o Estado possui o maior rebanho de bubalinos e o 3° maior rebanho de bovídeos do Brasil. E, no Pará, dos 144 municípios, 52 são dependentes exclusivamente do agronegócio.
Assim, as políticas formuladas pela Agência abrangem o pequeno, o médio e o grande produtor rural e visam, além de atender o mercado interno, fazer com que os produtos agropecuários gerados no Estado possam competir, em preço, qualidade, entre outras características desejadas, em outros mercados nacionais e internacionais.
Fonte: Adepará