Houve uma redução de 30% no abate de bovinos, desde o da 22 deste mês, quando foi confirmado um caso de “mal da vaca louca” no no município de Marabá, no Pará. Os dados são do Sindicato das Carnes e Derivados do Pará (Sindicarne).
O presidente do Sindicarne, Daniel Freire, disse ao Liberal que a diminuição de abate é para adequar à nova demanda de mercado, já que, por medida de segurança, o Brasil embargou as exportações de carne bovina à China até o desfecho do caso. O país é responsável pela compra de 75% das carnes do Pará.
O governador do Pará, Helder Barbalho avalia que até o fim de março, com a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, as exportações de carne brasileira para os chineses terão sido reativadas. Ele admite, entretanto, impacto no mercado local.
Ele disse ao Valor acreditar que os resultados do laboratório canadense, aguardados para esta semana, deverão confirmar que o caso do “mal da vaca louca” é um episódio atípico.
“Comprovando-se ser atípico, fica claro que não há uma disseminação viral infecção coletiva”, observou o governador. “O caso atípico é produzido pelo próprio animal, e o animal não estava em confinamento”, ressaltou.
As amostras do animal, depois de analisadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Pernambuco, foram enviadas ao National Centre for Animal Disease/Canadian Food Inspection Agency (NCAD/CFIA), em Alberta, no Canadá, que é o laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).