Em uma reunião em Brasília na semana passada com Jader Filho, ministro das Cidades, o presidente da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Pará (Prodepa), Carlos Maneschy, apresentou o programa “Pará Mais Conectado”. O plano busca expandir e modernizar a infraestrutura da rede estadual de comunicação paraense, elevando o estado a um novo patamar tecnológico e de desenvolvimento, de acordo com informações do Diário do Pará.
O objetivo do projeto é preparar o Pará para se conectar a redes internacionais de alta capacidade, proporcionando ao estado autonomia tecnológica. Estima-se que o investimento necessário para viabilizar a expansão da rede de telecomunicações da Prodepa seja de aproximadamente R$ 600 milhões. Esses recursos deverão ser obtidos por meio de parcerias com bancos públicos e instituições de fomento, tanto nacionais quanto internacionais.
Em busca de uma parceria com o Ministério das Cidades, Maneschy destacou para Jader que, com esse investimento, a Prodepa será capaz de receber uma conexão de internet de alta capacidade proveniente de um cabo submarino de fibra óptica.
Essa infraestrutura se tornará um instrumento eficaz para promover a inclusão digital e reduzir as desigualdades regionais e sociais, proporcionando uma qualidade de conexão adequada para as 12 regiões do estado.
Ampliar o acesso a uma internet de qualidade no território paraense é uma medida muito bem-vinda tendo em vista que, como já publicamos aqui no Pará Terra Boa, essa é uma das grandes dificuldades da região, que prejudica a comunicação de diversos paraenses.
Segundo o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), cerca 990 mil pessoas que vivem na região Amazônica não possuem acesso à energia elétrica. Em alguns territórios a alternativa encontrada é por meio de geradores a diesel, velas e lamparinas. As comunidades usam seus saberes tradicionais para conservar alimentos e realizar os afazeres domésticos.
“Não precisamos mais de hidrelétricas que matem pessoas, animais e floresta. Mas precisamos de energia limpa, saudável, de baixo custo e que todos possam usar. Não só para colocar uma lâmpada, mas para termos acesso a diversos outros serviços. Tudo o que melhora a qualidade de vida é bem vindo, o que não é bem vindo é aquilo que mata e destrói a nossa identidade’’, afirmou Concita Sompré, presidente da Federação dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa), durante o II Encontro Energia & Comunidades.
A primeira etapa do programa será dividida em três fases, com previsão de conclusão em três anos. Atualmente, o projeto está em fase de planejamento e estudos técnicos preliminares, que subsidiarão a elaboração de documentos técnicos para compor o edital de licitação.