Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) desenvolveram um tipo de tijolo ecologicamente correto e mais resistente utilizando argila marajoara e resíduos industriais. O produto é resultado de um projeto que visa a criação de materiais de baixo custo, sustentáveis e que promovam o uso racional dos recursos.
Os tijolos têm em sua composição 25% de argila e 75% de rejeito de caulim, que é um subproduto da indústria da mineração. As análises indicam que o produto vantajoso para a construção civil devido ao menor uso de energia em sua produção e a resistência superior ao tijolo convencional disponível no mercado.
Segundo os estudos, o tijolo ecológico resistiu até 12 megapascal (MPa), que é uma unidade de medida de pressão utilizada para expressar a resistência a compressão do material, enquanto o tijolo convencional precisa de uma resistência de precisa de uma resistência de 2 MPa. Ou seja, 6 vezes menos.
Os responsáveis pelo projeto são o arquiteto Fabio Brito, a engenheira de materiais Taiana Matos e os professores doutores Alisson Clay Silva e Verônica Scarpini, do programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais da UFPA.
Para eles, a utilização de rejeitos industriais contribui para a diminuição da extração de recursos naturais da região, assim como evita a emissão de gases poluentes associados à produção de tijolos.