O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Federal (PF) tem atuado no Pará contra o garimpo ilegal. Agentes desativaram equipamentos utilizados na logística da atividade garimpeiraNa segunda-feira, 30 , durante operação em Santa Maria das Barreiras foram fiscalizados sete alvos que exploravam garimpos de ouro, cobre e outros minerais sem licença dos órgãos ambientais.
Os agentes apreenderam e inutilizaram seis retroescavadeiras, sete motores estacionários com bombas de sucção, um compressor de ar, 3.500 litros de combustível e uma motocicleta, utilizados na atividade garimpeira.
A investigação continuará para identificação dos autores dos crimes ambientais, tendo em vista que os garimpeiros se evadiram do local com a chegada dos agentes.
Terra Indígena Kayapó
Já a Operação Xapiri – Tuíre Kayapó de combate ao garimpo ilegal de ouro e de outros minérios, realizada pelo Ibama, de 6 a 14 de setembro na Terra Indígena (TI) Kayapó contabilizou mais de R$ 26 milhões em prejuízos causados ao crime ambiental, entre bens apreendidos e autuações.
A equipe de fiscalização desmobilizou 24 acampamentos de garimpeiros. Na ação, 11 infratores foram identificados e autuados.
Foram inutilizadas 33 escavadeiras hidráulicas, três caminhões, seis dragas, dez motos, cerca de 40 mil litros de diesel, 50 motores e 50 kg de cassiterita. Também foram apreendidos outros itens adotados na logística da atividade ilegal, como antenas de internet via satélite, armas de fogo e munições; além disso, 156 g de ouro e 617 g de mercúrio derivados da ação criminosa.
A estratégia da operação foi planejada desde fevereiro deste ano com o objetivo de aumentar a eficácia operacional e interromper por completo a atividade garimpeira na região.
De acordo com os alertas de desmatamento produzidos pelo Programa Brasil Mais, após o início da atividade fiscalizatória, foram detectados apenas dois alertas na TI. No mesmo período do ano passado, foram contabilizados 97 avisos de garimpo, totalizando uma queda de 97,8%.
O Instituto contou com o apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), do Núcleo de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) na operação.